África Austral enfrenta uma grande quebra de colheitas em 2016

A Cooperativa Agrícola Mphatlalatsane na vila de Hantsi, Machache, Lesoto, tem muitas sobras de insumos de milho este ano, pois muitos agricultores locais decidiram que o clima estava muito irregular para arriscar o plantio. Crédito da foto: Eva-Lotta Jansson/IRIN
A África Austral enfrenta a ameaça de grandes quebras de colheitas este ano, como resultado de baixas precipitações recordes na região, de acordo com um artigo da agência de notícias humanitárias IRINA.
“Com pouca ou nenhuma chuva caindo em muitas áreas e a janela para o plantio de cereais fechando rapidamente ou já fechada em alguns países, a perspectiva é alarmante”, alertou o Programa Mundial de Alimentos.
“A região está mal preparada para um choque dessa magnitude, particularmente porque a última estação de cultivo também foi afetada pela seca. Isso significa estoques regionais esgotados, altos preços de alimentos e um número substancialmente maior de pessoas com insegurança alimentar”, disse a agência da ONU.
A África do Sul está sentindo o impacto de um intenso El Niño que começou no ano passado. De acordo com a Famine Early Warning Systems Network, chuvas abaixo da média e altas temperaturas devem persistir em 2016, com a crise alimentar durando até 2017.
O artigo incluía uma discriminação dos países afetados na África Austral, entre eles a África do Sul, a maior vítima da seca. Como principal produtor de milho da região, a produção do ano passado caiu 30% em relação à temporada recorde de 2014 e pode ter que importar cerca de 6 milhões de toneladas. O plantio da safra de cereais de 2016 começou mais tarde do que o normal devido ao atraso nas chuvas. Pequenos agricultores foram atingidos pela seca, com emergências declaradas em cinco das nove províncias, bem como áreas de duas outras províncias. Houve relatos de agricultores cometendo suicídio.
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