Índia ostenta o mercado de proteção de cultivos de crescimento mais rápido
Conforme apresentado no Agribusiness GlobalSM Na Cúpula Comercial realizada em Phoenix, Arizona, em agosto, o mercado global de proteção de cultivos em 2017 aumentou a uma taxa de 1,9% em termos nominais em relação a 2016.
Assim, o mercado de produtos de proteção de cultivos em 2017, quando medido no nível ex-fabricação e usando taxas de câmbio médias anuais, chega a $54,15 bilhões. Que o mercado tinha, de fato, visto um crescimento positivo em 2017 de perto de 2% havia sido previsto em janeiro de 2018.
Uma taxa de crescimento de 2%, embora não seja algo extraordinário, é um marco importante, pois põe fim, de forma bastante abrupta, ao período de declínio visto em 2015 e 2016. Esse fato, mais do que o tamanho absoluto do crescimento, é importante em um setor que tem visto tanta atividade de fusões e aquisições, pois fornece confiança à comunidade de investimentos em geral.
Que a “confiança” era necessária ficou bem evidente na semana de 10 de agosto de 2018, quando os preços das ações de empresas em geral despencaram devido a decisões judiciais negativas da Califórnia sobre o glifosato. Os preços das ações agora estão se recuperando lentamente, mas isso ilustra bem claramente a importância de uma “mensagem unificada, forte e positiva” sobre os benefícios da proteção de cultivos para a economia global.
Ao procurar uma primeira mensagem positiva para a indústria global de proteção de cultivos, não é preciso ir além da Índia. O país é frequentemente relatado como a economia mundial de crescimento mais rápido. De acordo com o Banco Mundial, a economia indiana verá um crescimento robusto do PIB de 7,3% neste ano fiscal e 7,5% nos próximos dois anos, à medida que "os fatores que impedem o crescimento na Índia desaparecem". Esses números permitem que a Índia mantenha a etiqueta como a principal economia emergente de crescimento mais rápido do mundo e que tem consistentemente ficado alguns pontos acima das taxas de crescimento do PIB global desde a crise financeira de 2009.
O mesmo pode ser dito como verdade para o mercado de proteção de cultivos. Embora a Índia não seja o mercado de crescimento mais rápido nos últimos cinco anos (essa etiqueta em particular vai para a Costa Rica), pode-se dizer que a Índia é o mercado de crescimento mais rápido de importância (Figuras 1 e 2).
Embora a posição nº 8 entre 10 não esteja no topo quando o tamanho do mercado indiano (como o quinto maior do mundo) é levado em consideração (Figura 2), fica claro que, assim como na macroeconomia do PIB, a Índia pode ser considerada o mercado agroquímico de crescimento mais rápido do mundo, com apenas a Rússia chegando perto.
A Índia, como a maioria dos mercados, sofreu um declínio em 2009 (como resultado da crise financeira) e depois novamente em 2015, quando entre outros fatores ocorreu um declínio acentuado nos preços das commodities. A Índia, no entanto, sofreu menos do que a maioria dos mercados e saiu desse declínio de 2015 em 2016 em vez de 2017, uma prova da resiliência do mercado indiano. No entanto, o quanto o mercado está se desenvolvendo é uma questão mais discutível. Se olharmos para as divisões entre os setores entre o ano base de 2008 em comparação com 2017, o mercado é em grande parte da mesma estrutura (Figuras 3 e 4).
Uma simples comparação das Figuras 3 e 4 mostra que o mercado, nos últimos 10 anos ou mais, permaneceu dominado por inseticidas, com essencialmente nenhuma penetração adicional de outros setores, incluindo fungicidas. Se também levarmos em conta o impacto do algodão Bt neste mercado, pode-se argumentar razoavelmente que os inseticidas fortaleceram significativamente sua posição às custas dos outros setores.
O mesmo é verdade se compararmos a importância relativa dos diferentes grupos de culturas em termos de gastos com pesticidas, como nas Figuras 5 e 6.
Essencialmente, o mercado em 2017 é o mesmo de 2008, com uma apreciação na importância relativa do arroz. Embora não seja necessariamente um problema, a falta de penetração de mercado por outras culturas além do arroz na Índia precisa ser colocada em contexto com outros mercados em desenvolvimento (por exemplo, o aumento da soja no Brasil durante esse período) e o sucesso de outros mercados asiáticos em programas de redução de arroz. Como uma medida final do desenvolvimento do mercado, se olharmos para a parcela de pesticidas importados formulados no exterior em termos de valor, essa proporção permaneceu persistentemente abaixo de um terço do valor total do mercado, apesar do lançamento de muitas novas moléculas visando especificamente o setor de arroz neste período.