O doce sucesso da cana-de-açúcar

Os cinco principais mercados agrícolas do Brasil

   A cana-de-açúcar dita o ritmo da lucratividade sem desvalorização maciça.

 Cortar Pesticida Total
Aumento de vendas
(1999-2005)
 Área Plantada
Mudar
(1999-2005)
Soja 246% 76%
Algodão 258% -23%
Milho 223%
Cana de açúcar 354% 26%
 Cítrico 148% -22%

Apesar da crise que o agronegócio brasileiro passou nos últimos dois anos devido à frustração da safra e ao câmbio desfavorável, a cana-de-açúcar continuou a proporcionar uma renda positiva e estável aos produtores, aos usineiros e àqueles que produzem, desenvolvem e vendem tecnologia, equipamentos e defensivos agrícolas para esse segmento. Isso se deve a vários elementos, entre os quais estão a cotação internacional do açúcar; a exportação de álcool para os EUA e outros países; os altos preços internacionais do petróleo; o desenvolvimento tecnológico brasileiro resultando na adição de metanol 20% à gasolina; e o aumento do consumo de álcool com base na nova tecnologia chamada flex que permite uma mistura variável (0% a 100%) de álcool e gasolina no tanque de combustível.

O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e detém 6,2 milhões de hectares (Ha) de área cultivada. O estado de São Paulo tem a maior região produtora, responsável por mais de 50% da área total plantada. Junto com o estado do Paraná, eles representam 66% da produção de álcool e açúcar do país e 60% da área total. O Brasil é o maior produtor e exportador global de álcool e açúcar de cana-de-açúcar.
 

Além disso, os rendimentos na área cultivada aumentam a cada ano.

O Líder do Crescimento 

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Entre 2004 e 2005, o crescimento das vendas de defensivos agrícolas para a cultura da cana-de-açúcar encontrou um aumento de aproximadamente 24% em dólares, resultando em vendas de US$ $390 milhões no nível do distribuidor. Por outro lado, a soja, o maior mercado de defensivos agrícolas do Brasil, sofreu uma queda nas vendas de cerca de 15%.

Entre os distribuidores de defensivos agrícolas, vale destacar que as empresas focadas em soja, milho e trigo tiveram a maior queda no atacado quando comparadas às empresas focadas em cana-de-açúcar, como é o caso da DuPont, que tem mais de 30% de suas vendas neste mercado de cultivo e é líder no segmento de cana-de-açúcar.

Perspectiva de demanda positiva

No Brasil, a cana-de-açúcar tem enorme potencial de crescimento, principalmente pela expectativa de alta no preço do combustível originário de fontes não renováveis e também pelo fato de que nas últimas três décadas, tanto o governo brasileiro quanto os empresários do segmento

têm desenvolvido constantemente tecnologias de ponta para o uso de metanol como fonte de combustível, que estão atualmente disponíveis no mercado. O potencial de exportação de biocombustíveis continua a aumentar.

Além disso, as condições edafoclimáticas são extremamente favoráveis ao cultivo da cana-de-açúcar, que cresce vigorosamente nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Estima-se que até 2012 a área de cana-de-açúcar no Brasil atingirá 9 milhões de Ha, respondendo a uma demanda local de 27 bilhões de litros de álcool e perspectivas de exportação de 6 bilhões de litros por ano.

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