Quantidade recorde de agrotóxicos ilegais apreendidos no estado do Paraná

Gil Bueno de Magalhães, Superintendente Federal de Agricultura do Paraná

Gil Bueno de Magalhães, Superintendente Federal de Agricultura do Paraná

Autoridades brasileiras reprimiram pesticidas ilegais no início deste mês, apreendendo 380 libras de produtos falsificados no estado do Paraná — a maior quantidade já encontrada na região.

No total, 12 equipes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) juntamente com outros órgãos governamentais e policiais foram mobilizadas em fazendas das regiões oeste e sudoeste do Paraná. A operação resultou na vistoria de 252 fazendas em 30 municípios e autuação de 24 agricultores por uso ou depósito de agrotóxicos ilegais. Ao todo foram aplicadas multas que somam $225 milhões. Além das apreensões de produtos, foram efetuadas três prisões, segundo o Ministério da Agricultura.

Durante a operação, foram apreendidas 380 libras de agrotóxicos ilegais, totalizando um volume de 172 contêineres cheios e 45 vazios. A quantidade de agrotóxicos ilegais encontrados nas fazendas foi maior do que em qualquer operação anterior no Paraná. “O número é alarmante, pois quase 10% das propriedades vistoriadas possuíam produtos ilegais”, segundo nota do MAPA.

Segundo o Superintendente Federal de Agricultura do Paraná, Gil Bueno de Magalhães, os defensivos ilegais, sem registro, contrabandeados e falsificados, não são rastreáveis e não atendem às exigências dos órgãos responsáveis. “Esses produtos não estão seguindo as orientações e exigências do MAPA, IBAMA, ANVISA e órgãos estaduais de defesa agropecuária. Portanto, representam prejuízos ao agricultor, pois a baixa eficiência dos produtos pode causar danos ao meio ambiente, à saúde do aplicador e do consumidor”, explicou.

Principais artigos
Mercado de produtos biológicos no Brasil: forte crescimento em meio a desafios e regulamentações em evolução

Magalhães disse ainda que a produção com boas técnicas agrícolas e o uso de materiais adequados e de qualidade são pré-requisitos para alcançar alimentos seguros para os mercados nacional e internacional. “Dessa forma, o combate aos agrotóxicos ilegais contribui para a segurança alimentar por meio da produção e aquisição de alimentos saudáveis, com qualidade ambiental e tecnológica”, afirmou.

O Delegado da Receita Federal da Inspeção Agropecuária de Insumos Agrícolas (Sefia) da SFA do Paraná, Marcelo Bressan, explicou que, além das multas, serão encaminhados ao Ministério Público os processos e boletins de ocorrência abertos contra os produtores rurais. A pena pode ser de um a quatro anos de prisão, e todo o produto apreendido será encaminhado para incineração em local adequado e licenciado.

Ocultar imagem