Vendas de defensivos agrícolas da Syngenta são impulsionadas por fungicidas no Brasil e pela demanda norte-americana
A Syngenta relatou que suas vendas de proteção de cultivos aumentaram 3% a taxas de câmbio constantes para $2,4 bilhões no terceiro trimestre, impulsionadas pela demanda por seu fungicida para combater a ferrugem da soja no Brasil e fortes vendas na América do Norte. Excluindo o glifosato, que, segundo ela, está sendo deliberadamente reduzido para melhorar a lucratividade, as vendas aumentaram 5%.
Por região, as vendas na América Latina aumentaram 3%, ou 8% excluindo o glifosato. A seca afetou as vendas no norte da América Latina e no mercado brasileiro de cana-de-açúcar. As vendas na Ásia-Pacífico também aumentaram 3%. Os mercados emergentes “continuaram a ter um bom desempenho” apesar da monção atrasada no sul da Ásia, enquanto as vendas foram menores na Australásia devido à pressão limitada de ervas daninhas e doenças.
As vendas de proteção de cultivos na Europa, África e Oriente Médio (EAME) caíram 3% no trimestre, enquanto as sementes saltaram 21%. Na Europa Central e do Norte, o crescimento foi impulsionado por sementes de colza e cevada híbrida Hyvido. O Sudeste da Europa continuou a mostrar um bom crescimento, enquanto as vendas de baixa temporada na CEI caíram. As vendas na América do Norte foram impulsionadas por fortes vendas de herbicidas seletivos antes da próxima temporada nos EUA. As vendas de inseticidas também se expandiram com alta pressão de pragas no sul dos EUA. As vendas de sementes foram menores principalmente devido ao desinvestimento do negócio Dulcinea Farms em dezembro de 2013.
A Syngenta disse que registrou forte crescimento em seu herbicida seletivo Callisto na América do Norte, o que mais do que compensou o menor uso de herbicidas na cana-de-açúcar na América Latina. As vendas de herbicidas não seletivos caíram 10% como resultado da redução planejada nos volumes de glifosato, enquanto a Gramoxone apresentou crescimento de dois dígitos. Os inseticidas expandiram na América do Norte e no Brasil, onde a família Durivo foi eficaz contra a pressão de lagartas em soja, milho e algodão. O crescimento em fungicidas foi impulsionado principalmente pela demanda por Elatus no Brasil, com pedidos de mais de $200 milhões: as vendas registradas nos primeiros nove meses foram de $75 milhões. Redução do tratamento de sementes as vendas refletiram vendas menores para outros produtores de sementes e a suspensão em toda a UE do uso de neonicotinoides, incluindo o Cruiser.
As vendas de sementes foram 5% maiores excluindo o impacto do desinvestimento da Dulcinea. As vendas de milho e soja caíram 3% no trimestre. O crescimento robusto em diversas culturas de campo foi impulsionado principalmente pela cevada híbrida e colza. Excluindo a Dulcinea, o crescimento em vegetais foi de 9% com bons desempenhos na EAME e Ásia-Pacífico.
As vendas de gramados e jardins caíram 5%, refletindo a fraca demanda por flores na EAME e atrasos em licitações de controle de vetores na África.
Olhando para o futuro, o CEO Mike Mack disse: "O desempenho no segundo semestre do ano é impulsionado principalmente pelo Brasil, onde a temporada está apenas começando e ainda depende das chuvas. Estamos vendo uma forte demanda por nosso fungicida recém-lançado Elatus, para o qual estamos no caminho certo para atingir as vendas desejadas.
Nos primeiros nove meses deste ano, a lucratividade foi afetada por movimentos cambiais adversos e mix de vendas. Como resultado, a margem EBITDA do ano inteiro ficará abaixo do nível do ano passado. No quarto trimestre, esperamos uma taxa maior de crescimento de vendas e, para o ano inteiro, continuamos a mirar o crescimento integrado de vendas de cerca de 6% a taxas de câmbio constantes. Em um ambiente de mercado desafiador, nosso foco está em melhorar a lucratividade e estamos no caminho certo para perceber os primeiros benefícios da implementação do nosso programa de alavancagem operacional em 2015.”