Brasil Resiliente
Registros de produtos técnicos importantes* |
Fungicidas |
tebuconazol, flutriafol, mancozebe, carbendazima |
Herbicidas |
hexazinona, picloram, 2,4-D, glifosato, nicosulfurão |
Inseticidas |
imidacloprida, lambda-cialotrina |
Reguladores de crescimento de plantas |
dicloreto de paraquate, cloreto de mepiquat |
Acaricidas |
óxido de fenbutatina, abamectina |
*Tebuconazol e hexazinona têm mais de 10 aprovações de registro de produtos técnicos. |
Principais envios de produtos técnicos* |
Fungicidas |
tebuconazol, flutriafol, carbendazima |
Herbicidas |
hexazinona, picloram, 2,4-D, glifosato, diurão, metribuzina |
Inseticidas |
imidacloprida, lambda-cialotrina, clorpirifós, |
acefato, fipronil, diflubenzurão |
Reguladores de crescimento de plantas |
dicloreto de paraquate |
Acaricidas |
abamectina |
*Glifosato, tebuconazol, acefato, fipronil, imidacloprido, abamectina, 2,4-D e metribuzina têm mais de 10 submissões em andamento. |
As pressões globais não poderiam ter sido piores em 2009: crise financeira, queda nos preços das commodities, consumo em declínio, moedas em desvalorização em relação ao dólar e outros fatores contribuíram para a instabilidade, incerteza e recessão. Essas crises tiveram um impacto profundo em alguns países agrícolas, como Argentina e Ucrânia, que também foram afetados por fenômenos climáticos.
O Brasil também foi afetado, mas em uma extensão muito menor. A agricultura brasileira responde por 26.46% do produto interno bruto do país, e os números de 2009 devem ser cerca de 7% menores (em relação ao PIB) em comparação às previsões. No entanto, a estimativa mais recente de safras colhidas em 2009 é de 140,9 milhões de toneladas ou 2,3% a mais que no ano anterior.
• Registros de pesticidas diminuem em 2009
A produção agrícola cresceu em grande parte como resultado de mais exportações, embora as receitas tenham sido menores devido à queda nos preços das commodities após os preços favoráveis das commodities em 2008. O tabaco contrariou a tendência, que se perpetuou em grande parte devido ao dólar mais forte, que desvalorizou a moeda local.
Devido à importância do agronegócio para a economia brasileira, é importante minimizar as interrupções na cadeia de suprimentos que podem prejudicar um dos negócios nacionais mais lucrativos. A aprovação do governo de pesticidas pós-patentes permitiu a entrada de novas empresas no Brasil e reforçou as ofertas de produtos de empresas que já operam no país.
Hoje, as empresas de fertilizantes estão vendo algumas oportunidades significativas. Embora existam mais de 500 empresas neste segmento, as fontes de matérias-primas são, em sua maioria, importadas. Em 2008, o Brasil importou 17 milhões de toneladas de nutrientes, totalizando cerca de US$ $10 bilhões.
Como grande parte do fornecimento de fertilizantes está vindo da Rússia para o Brasil, os dois governos estão avaliando uma troca: tecnologia de fertilizantes para commodities agrícolas. A gigante brasileira de mineração, Vale do Rio Doce, da qual o governo brasileiro detém ações, investiu $5,7 bilhões na aquisição de ações de empresas de fertilizantes na Rússia. Para proteger o mercado local, os fabricantes brasileiros estão fazendo lobby por um imposto antidumping sobre nitrato de amônio da Ucrânia e da Rússia.
Agora exportando experiência
Dada a reputação do Brasil em produtividade e eficiência agrícola ao redor do mundo, o país está agora começando a exportar parte de sua tecnologia e know-how. O Brasil assinou um acordo com países africanos (Benin, Burkina Faso, Chade e Mali) para transferir tecnologia para o cultivo de algodão. O Brasil também tem um acordo com Angola para auxiliar no cultivo de feijão, arroz, milho, soja e vegetais. Outros projetos se referem à cana-de-açúcar e moagem. As empresas brasileiras são importantes para os produtores de soja e arroz no Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia. Isso também está criando uma demanda maior por pesticidas.
Um destaque notável da indústria agrícola brasileira é a cana-de-açúcar, que produz cerca de 16% da fonte de energia do país. O sucesso que o Brasil tem desfrutado no refino da cana-de-açúcar a tornou uma commodity internacional, especialmente à medida que mais países estabelecem políticas de energia verde que exigem mistura de combustível sem a capacidade de refino ou expertise para produzir o suficiente para atender aos mandatos.
Fortes grupos estrangeiros como Cargill, Bunge, ADM, LDC, Sojitz, Mitsui e Itochu estão investindo pesadamente em aquisições, totalizando uma participação de 12,3% na moagem de cana-de-açúcar. Em fevereiro de 2010, a gigante Shell Oil e a Cosan, moageira local e líder mundial em moagem de cana-de-açúcar, assinaram um acordo para construir uma joint venture no valor de $12 bilhões para produção de etanol, açúcar, energia, fornecimento, distribuição e vendas de combustíveis. Em 2008, a Cosan havia adquirido da ExxonMobil uma rede de distribuição de combustíveis no Brasil que incluía 1.500 postos de gasolina, em um negócio de $826 milhões.
Outras principais culturas brasileiras | |||
Cortar | Área Cultivada (hectares) | Principais benefícios | Onde Crescido |
Vegetais | 700,000 | Preços mais altos, prazos de pagamento mais curtos | Perto de grandes cidades |
Tabaco | 377,000 | Sem risco de crédito | Região sul |
Árvores de borracha | 150,000 | Lucratividade 60% | 60% no estado de São Paulo |
Reflorestamento | 6 milhões | Mercado estável | 66% em três estados |
Floricultura | 5,200 | Preços mais altos, prazos de pagamento mais curtos | Área concentrada |
Maçãs | 38,800 | Preços mais altos, prazos de pagamento mais curtos | Região sul |
Outro ponto positivo para o Brasil é sua rápida adoção e expansão de organismos geneticamente modificados (OGM). O governo emitiu recentemente uma política agrícola que busca 40% de milho para ser tecnologia OGM, e já cultiva soja OGM em dois terços de sua área plantada.
Armadilhas de pesticidas
Apesar do sucesso de vários segmentos da indústria, o Brasil tem seus desafios. Menos de 6% da área cultivada é irrigada, os preços de tratores e equipamentos agrícolas são o dobro do custo de outros países com agricultura madura, e o Brasil carece de infraestrutura de armazenamento que lhe permitiria maximizar seus rendimentos. Essas deficiências podem abrir várias oportunidades para empreendedores desenvolverem negócios nesses campos.
O valor (dólares americanos) do mercado de pesticidas em 2009 caiu 8% em comparação a 2008. Em moeda local, ficou quase estável, com um crescimento de 1%. Enquanto os fungicidas tiveram um aumento considerável de 16,9%, principalmente na soja, os herbicidas puxaram a média para baixo devido à queda do preço internacional do glifosato.
Além da abundância de culturas em linha, há vários outros nichos importantes que até agora não têm sido atraentes para os novos participantes, incluindo vegetais, tabaco e borracha (veja o gráfico).
Há vários desafios para 2010, desde o retorno do imposto antidumping sobre o glifosato; mais registros genéricos e concorrência; forte crescimento de OGM; atraso nas avaliações de registro; e a guerra contra o contrabando para trazer de volta o crescimento tradicional de vendas de 8%-9% por ano.